segunda-feira, 24 de junho de 2013

TRILHA BURITI DE CAMPO SANTO

SERIA CÔMICO SE NÃO FOSSE TRÁGICO...
Um mesmo título para duas histórias.

No último sábado, 22 de junho de 2013, fizemos a trilha de estreia da nova camisa do grupo recém-batizado de Catracas do Sertão. Vestimenta das mais belas, parece ter sido aprovada por unanimidade, com ressalva de alguns para o destaque na “protuberância abdominal”. Mais um motivo para continuar firme nas pedaladas e eliminar os quilinhos extras, mode num pricisá murchá a pança na hora da foto.
Se não me falha a memória, a partida contou com as presenças de Sidney, Lourão, Júnior, Rogério, Renato, Mardem, Agamenon, Geraldo Sérgio e Esposa, Cláudio Kleber, além deste escriba. Toninho Maldonado nos atalhou na saída do “urubu”, ali no alto da pedreira.
Na parada na cancela, o Véio Mardem nos brindou com a cômica narrativa de seu drama na recuperação da bike furtada. Depois de correr do larápio que o abordou de arma em punho, sozinho ali pelas bandas do Motel Sky, alcançou um motoqueiro que a tudo assistiu, para nele buscar socorro. Aí entraram os hilariantes detalhes da história: o modelo e a cilindrada da moto, cuidadosamente notados em meio ao desespero; a mudança do discurso desesperado para uma negociação mais amigável para obter a ajuda do piloto da CG-125, que retrucava inseguro: “ele tá armado!”; a busca desembestada ladeira abaixo, aos gritos de “pega ladrão!”; a passagem de outra moto que entrou na perseguição, desta vez uma Honda Bros, com direito à tentativa de desmentir o aviso de um condutor para outro de que o bandido estava armado (“tá não!!!”); a dificuldade de atravessar a BR movimentada; a chegada de um ciclista herói, desconhecido, que seguia pelo outro lado da pista e corajosamente alcançou o marginal, frustrando a ação criminosa. Mais adiante, já no bairro ali das proximidades, o encontro com os Policiais não passou isento de “várias indagações ni mim”, nas palavras do Véio. Risada geral e alívio com o final feliz da movimentada história. Alegria à parte, fica o alerta para os riscos de se pedalar sozinho...
No final do corredor, os cinco primeiros destemidos acima e este incauto seguimos adiante, e logo fomos alcançados pelo padrinho da trilha, o Imperador Adriano. Meros 31km foram suficientes para esgotar minhas forças, depois de um mês longe das trilhas. Adentrando às plagas de Rômulo Labate, quase que já me abate o cansaço, com o perdão pelo trocadilho... A chegada a Buriti serviu de alento, quando nos abastecemos de salsicha e coca-cola no barzinho Mangueiras. Na pose para a foto, o resultado da mistura veio, digamos, em manifestações ruidosas e aromáticas de Lourão, provocando a fuga repentina de Júnior. No restante do percurso contei com a paciência dos companheiros pela minha lentidão, a reboque das últimas energias (e da fé, devo confessar). Cheguei em casa “chamando o Juca”... Chô Cride! Definitivamente esta não era uma trilha para se enfrentar no retorno ao esporte depois de algum tempo parado.
Até a próxima, se Deus quiser!

Harlen.